sexta-feira, 22 de abril de 2011

Floresta Amazônica


Ocupando uma área de aproximadamente 6 milhões de km2, a Floresta Amazônica ocupa os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte norte de Goiás e Mato Grosso. Devido à sua grande biodiversidade, representa uma enorme reserva de recursos naturais, entre eles, muita riqueza mineral, além dos vegetais (cerca de 80 mil espécies) que podem ser a solução para a cura de muitas doenças e, cerca de 30 milhões de espécies animais (a maioria insetos). Também é conhecida como Hiléia brasiliensis (nome científico) e como Inferno Verde, pela sua insalubridade.

Características físicas

  • fechada
  • muito densa
  • sempre verde
  • com árvores de portes variados
  • muito úmida
  • escura
  • insalubre

Órgãos estrangeiros instalados na Amazônia sob o rótulo de "científicos" têm contrabandeado espécimes de nossa flora para indústrias farmacêuticas estrangeiras as quais após patenteá-los passam a ter os "direitos" de exploração e de cobrança de royalties.


Também a fauna ali existente - apesar da grande dificuldade de extração dos seus recursos pelo seu aspecto muito denso, com árvores diversas, num emaranhado de cipós - tem sido bastante depredada, com a captura de milhares de espécimes nativos para fins de contrabando para países de outros continentes, principalmente da Europa.

Como se não bastassem os problemas acima, pela sua diversificada riqueza, a região tem sido alvo de cobiça internacional, principalmente dos Estados Unidos com sua política imperialista. Alguns anos atrás o hoje candidato à presidência daquele país, All Gore, declarou: "O Brasil pensa que a Amazônia lhe pertence, mas na realidade, ela é um patrimônio mundial". Existem denúncias que, nas escolas americanas, a Amazônia foi retirada do mapa do Brasil.

Também a constante ameaça de invasão àquela região, pelo tráfico de drogas praticado na Colômbia é um constante problema. Um exemplo da preocupação com esse problema, é o polêmico projeto SIVAM que está sendo implantado por uma empresa americana (Raytheon) deixando à mercê dos americanos nossa estratégia de defesa daquela região.



O bioma Amazônia

O bioma Amazônia (Amazonas) abrange 5% da superfície terrestre do planeta e 40% da América do Sul, sendo 61% em território brasileiro (veja mapa). A região do Amazonas possui a maior rede hidrográfica do mundo, fornecendo 20% do volume mundial da água doce. É considerada a maior reserva de biodiversidade da Terra.

A Floresta Amazônica abrange cerca de 4 milhões de km2 (50% do território brasileiro), dos quais 200.000 km2 foram reconhecidos em 2001 como Reserva da Biosfera. O Complexo da Amazônia Central (60.000 km2) incluiendo o Parque Nacional Jaú (22.000 km2) foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2000.

Os processos geológicos e climáticos de muitos anos atrás são responsáveis pela topográfico da região da Amazônia de hoje. Antigamente a bacia Amazônica estava coberta por um grande lago chamado "Belterra". Com o choque da placa sulamericana com outra no Oceano Pacífico há 80 milhões de anos atrás, os Andes se levantaram e os atuais rios começavam a cavar seus leitos. Assim surgiram três tipos característicos de topografia do bioma Amazônia: planaltos, planícies e depressões.

É justamente esta topografia do bioma Amazônia junto com a qualidade da água dos rios que determina as características dos seis ecossistemas principais do bioma Amazônia.

O ecosistema chamado Terra Firme ocupa a maioria dos 7 milhões de km2 da Amazônia. É uma floresta que nunca se inunda e se extende sobre uma grande planície, de até 130 a 200 metros de altitude até as escarpas das montanhas. Este ecossistema da Amazônia tem inúmeras adaptações à pobreza em nutrientes. As árvores que a compõe são capazes de se abastecer com nitratos através de bactérias fixadoras de nitrogênio, que estão ligadas a suas raízes. Esta floresta especialmente rica em aráceas epífitas é, comparando-a com a Mata Atlântcia, relativamente pobre em bromélias e orquídeas. No subbosque da floresta, destacam-se especialmente as palmeiras e as lianas.

O ecossistema da Amazônia chamado Várzea são áreas periodicamente inundadas pelas águas brancas ou turvas de rios, como o Solimões , o Amazonas ou o Madeira. Estes rios percorrem terras ricas em minerais e suspensões orgânicas. A fertilidade destas águas brancas e dos solos aluvionares trazidos pelas mesmas faz com que a flora e fauna desta parte da Amazônia é uma das mais ricas e produtivas. Os rios são ricos em peixes e há várias espécies de mamíferos aquáticos, como os golfinhos de rio, o peixe-boi, a ariranha e as lontras. Na avifauna predominam as aves aquáticas, tais como as garças, biguás, jaçanãs, mucurungos e patos. A alta produtividade da Floresta Amazônica de várzea tornou possível o povoamento da região pela população indígena, bastante densa nos tempos do descobrimento.

O ecossistema da Amazônia chamado Igapó são áreas permanentemente inundadas por águas claras de rios que descem do Planalto Central em direção norte como o Tapajós, o Tocantins, o Xingu, o Araguaia, e pelas águas de rios negros que descem do Altiplano de Guianas na direção sul, como o rio Negro. Tanto os rios de águas claras como os rios de águas negras são pobres em minerais e nutrientes. Conseqüentemente, a flora e fauna desta parte da Amazônia, diferente da várzea, também é uma das mais pobres. Algumas árvores possuem grande resistência às inundacões prolongadas e sobrevivem vários anos imersas permanente.

O ecossistema da Amazônia chamado Igarapé se caracteriza por pequenos rios que cruzam as florestas de Várzea. Ali se desenvolvem árvores enormes, como a maparajuba, que chega a atingir 40 m de altura.

O ecossistema da Amazônia chamado Cerrado possui uma floresta baixa com árvores pequenas e retorcidas. Esta floresta se encontra no nordeste e no Planalto Central da Amazônia, com uma área de aproximadamente 200 milhões de hectares.

O ecossistema da Amazônia chamado Caatinga se apresenta como uma formação de estrato arbustivo e espinhoso com folhas duras, situada sobre as areias brancas do rio Negro.


Floresta Brasileira

FLORESTA AMAZÔNICA


A maioria dos 7 milhões de km2 da Floresta Amazônica é constituída por uma floresta de terra firme. Esta é uma floresta que nunca é alagada e se espalha sobre uma grande planície de até 130-200 metros de altitude, até os sopés das montanhas. A grande planície corresponde aos sedimentos deixados pelo lago "Belterra", que ocupou a maior parte da bacia Amazônica durante o Mioceno e o Plioceno, entre 25 mil e 1,8 milhão de anos atrás. O silte e as argilas depositados neste antigo lago foram submetidos a um suave movimento de elevação epirogenético, enquanto os Andes se ergueram e os modernos rios começaram a cavar os seus leitos. Assim surgiram os três tipos de florestas amazônicas: as florestas montanhosas Andinas, as florestas de terra firme e as florestas fluviais alagadas, as duas últimas na Amazônia brasileira.



As flutuações climáticas do Pleistoceno se manifestaram numa sucessão repetida de climas frio-seco - quente-úmido - quente-seco. A última fase fria-seca data de 18 mil a 12 mil anos atrás, quando o clima da Amazônia era semi-árido, com temperatura média rebaixada por até 5ºC. Em seguida, houve o retorno do clima quente-úmido, que chega ao máximo em torno de 7 mil anos atrás. Desde então, e com várias oscilações de menor porte, vivemos um clima relativamente quente-seco.

Muito importante foi o fato de que durante as fases semi-áridas, a grande floresta de terra firme se encontrava dividida e fragmentada por formações vegetais abertas, do tipo cerrados, caatingas e campinaranas, todas melhor adaptadas ao clima seco. A floresta sobrevivia em "refúgios", situados nas áreas de solos mais altos e com melhor abastecimento hídrico. Ao voltar o clima mais úmido, a floresta expandiu-se novamente, em detrimento da vegetação dos cerrados. Hoje em dia, o cerrado sobrevive em seus próprios "refúgios", dentro da imensidade das matas de terra firme. Este processo flutuante vai se repetir sem dúvida, a não ser que o homem interfira na situação.

A floresta de terra firme tem inúmeras adaptações à pobreza em nutrientes dos seus solos argilosos e podzólicos. As árvores que a compõem são capazes de se abastecer com nitratos através de bactérias fixadoras de nitrogênio, que estão ligadas às suas raízes. Além disso, uma grande variedade de fungos também simbiontes das raízes, chamados micorrizas, reciclam rapidamente o material orgânico antes deste ser lixiviado. A serrapilheira (formada por folhas e outros detritos vegetais que caem ao solo) é reciclada rapidamente pela fauna rica de insetos, especialmente besouros, formigas e cupins. Os insetos constituem a maioria da biomassa animal na floresta de terra firme.

Esta floresta, especialmente rica em aráceas epífitas, é, comparada à Mata Atlântica, relativamente pobre em bromélias e orquídeas. Entre estas plantas epífitas estão as mirmecófitas, plantas que vivem em estreita simbiose com as formigas. No sub-bosque da floresta destacam-se especialmente as palmeiras e os cipós. As grandes samambaias são raras.

A macrofauna do chão da floresta é relativamente pobre. Os vários sapos e pererecas ali encontrados apresentam diversas adaptações para garantir a água necessária para o desenvolvimento dos girinos. Alguns grandes mamíferos, tais como as antas, o cateto e a queixada, assim como os mutuns e os inhambus, entre as aves do chão, merecem destaque. Perto do chão da floresta encontram-se também muitas aves "papa-formigas", que tiram proveito das enormes migrações de formigas de correição.

A grande diversidade animal encontra-se nas copas das árvores entre 30 e 50 metros de altura, um ambiente de difícil acesso para o pesquisador. Ali é rica a fauna de aves, como papagaios, tucanos e pica-paus. Especialmente vistosos são o pavãozinho do Pará e a cigana. Entre os mamíferos das copas predominam os marsupiais, os morcegos, os roedores e os macacos. Os primatas possuem nichos bem diferenciados. O bugio é diurno e se alimenta de preferência com folhas. O macaco da noite Aotus é o único macaco ativo durante a noite. Os sauins, insetívoros vorazes, possuem várias espécies e subespécies que se diferenciam pelo colorido e forma das faces. Ao lado dos polinizadores clássicos - abelhas, borboletas e aves - os macacos da Floresta Amazônica têm também um papel de destaque como polinizadores. As aves, os morcegos e os macacos frugívoros da mata de terra firme têm um importante papel de disseminar os frutos e sementes das árvores.

As espécies e subespécies de macacos, preguiças, esquilos e outras são freqüentemente separadas pelos grandes rios tributários do rio Amazonas. As unidades biogeográficas formadas pelas bacias destes rios explicam em parte a grande bioversidade da biota amazônica. Além disso, podemos sobressaltar áreas de floresta que serviram de refúgio às várias populações diferenciadas durante os períodos de clima árido do passado, acima mencionados, quando grandes áreas de cerrado fragmentavam a Floresta Amazônica. Hoje em dia, o desmatamento descontrolado está fragmentando a floresta de terra firme. Sem os cuidados necessários, províncias faunísticas inteiras e antigos centros de especiação correm o risco de serem obliterados para sempre.

As florestas alagadas estão ao alcance das enchentes anuais do rio Amazonas e de seus tributários mais próximos. As flutuações do nível da água podem chegar a 10 metros ou mais. De março a setembro, grandes trechos de floresta ribeirinha são alagados. As plantas e os animais da floresta alagada amazônica vivem em função das suas diversas adaptações especiais para sobreviver durante as enchentes.

As águas amazônicas possuem características diferentes, resultantes da geologia das suas bacias fluviais. Os rios chamados de rios de água branca ou turva, como o Solimões ou o Madeira, percorrem terras ricas em minerais e suspensões orgânicas. Os rios chamados de água preta, como o Negro, oriundos de terras arenosas pobres em minerais, são transparentes e coloridos em marrom pelas substâncias húmicas. Existem também rios de águas claras, como o Tapajós, que nascem nas áreas dos antigos escudos continentais, também pobres em minerais e nutrientes.

As matas banhadas pelas águas brancas costumam ser chamadas de florestas de várzea e as banhadas pelas águas pretas e claras, de florestas de igapós. A vegetação da várzea é muito mais rica do que a vegetação dos igapós, por causa da fertilidade das águas brancas e dos solos aluvionais por elas trazidos. O mesmo se constata com a fauna dos dois tipos de florestas, especialmente com a biota aquática. Os rios de água branca são ricos em peixes, enquanto os rios de água preta são "rios da fome". As áreas onde os dois tipos de águas se misturam, como a área perto de Manaus, são consideradas especialmente ricas.

As árvores das matas alagadas têm várias adaptações morfológicas e fisiológicas para viverem parcialmente submersas, como raízes respiratórias e sapopembas. As árvores são pobres em plantas epífitas e o sub-bosque praticamente inexiste. Em seu lugar existe uma rica flora herbácea, como o capim-mori, a canarana e o arroz selvagem. Na estação das enchentes, o capim se destaca e forma verdadeiras ilhas flutuantes. Outras plantas flutuantes, tais como a vitória-régia e o aguapé, também acompanham o nível das águas.

Os mamíferos das matas alagadas - antas, capivaras e outros - são todos bons nadadores. Até as preguiças são capazes de nadar. A fauna de macacos e de outros mamíferos arborícolas em geral é pobre, comparada com a fauna da terra firme. Nos rios de várzea encontram-se, porém, várias espécies de mamíferos aquáticos, como os botos, o peixe boi, a ariranha e as lontras. A fauna de primatas é muito reduzida. O vegetariano peixe boi e os botos predadores são, entretanto, muito raros nas águas pretas e claras dos igapós, pobres em vegetação aquática e pouco piscosas.

Na avifauna relativamente pobre das florestas de igapós predominam as aves aquáticas, tais como as garças, biguás, jaçanãs, mucurungos e patos.

As águas das florestas alagadas são ricas em répteis aquáticos. As tartarugas são importantes herbívoros da vegetação aquática e são muito caçadas. A tartaruga verdadeira (Podocnemis expansa) está em perigo de extinção; a cabeçuda (P. dumeriliana) e a tracajá (P.unifilis) são também muito apreciadas pelos caçadores. Os cágados Phrynops são encontrados com mais freqüência nas corredeiras. Entre os jacarés, o jacaretinga (Palaeosuchus trigonatus), gênero com uma única espécie endêmica na Amazônia, está ameaçado de extinção. O jacaré-açu (Melanosuchus niger) é o jacaré comum na área. Vários autores atribuem aos jacarés predadores um importante papel de "reguladores" na várzea. A grande jibóia amazônica merece também ser mencionada.

Na Amazônia vivem em torno de 10 mil espécies de peixes. Aqui, mencionamos apenas algumas espécies ligadas à floresta de inundação. São estas os peixes frugívoros que evoluíram em estreita co-evolução com as árvores e arbustos amazônicos: as frutas caem na água, são engolidas pelos peixes e as sementes resistentes às enzimas gástricas são transportadas para longe. Vários peixes, especialmente os da grande ordem dos Characinoidea, apresentam dentições especializadas para certos tipos de frutas. O tambaqui (Collosoma macropomum) é um comedor especialista das frutas da Hevea spruceana. Pacus, dos gêneros Mylossoma, Myleus e Broco, são também comedores importantes de frutas de palmeiras, embaúbas e outras árvores. A piranheira é uma planta preferida por algumas espécies de piranhas. A dispersão das plantas pelos peixes da várzea e dos igapós tem uma importância comparável à da dispersão clássica de sementes pelas aves e mamíferos nas florestas de terra firme. O tambaqui e os pacus, bem como o pirarucu (Arapaima gigas), são os peixes de maior importância comercial na Amazônia. Nada ilustra melhor o papel ecológico importante da frugivoria dos peixes. O tambaqui é muito procurado por pescadores turísticos.

Os peixes frugívoros constituem somente um dos tipos de peixes na várzea, mas o papel deles é particularmente importante nas águas pretas e claras. Devido à pobreza excessiva dessas águas em fito e zooplâncton, são as árvores que fornecem a maioria dos alimentos. Mesmo assim, os peixes do rio Negro são de tamanhos menores do que os seus coespecíficos no rio Solimões. Os cardumes também são menores.

A fauna de insetos é principalmente ligada à vegetação flutuante. As poucas espécies de cupins e de formigas acompanham a subida e a descida das águas ao longo dos troncos das árvores. Vários tipos de insetos vivem sobre a vegetação flutuante, enquanto nas águas criam-se enormes populações de mosquitos e outros dipterros irritantes. Os rios de água preta são isentos deste flagelo.

As matas alagadas contêm várias espécies de árvores de utilidade econômica, além de madeiras de lei. A seringueira, a sorva, a andiouba, a macaranduba, o buriti e o tiucum produzem borracha, alimentos, óleos, resinas e fibras de importância econômica. As várzeas são especialmente ricas e produtivas. Ali se encontravam as grandes concentrações indígenas e atualmente são desenvolvidos grandes projetos agro-pecuários e industriais.

Específicas dos igapós de solos arenosos e de água preta são a piranheira (Piranhea trifoliata), a oeirana (Alchornea castaniifolia), várias espécies de Inga e de Eugenia, as palmeiras Copaifera martii (copaíba) e a Leopoldinia. Algumas árvores têm grande resistência às enchentes prolongadas, tais como a Myrciaria dubia, a Eugenia inundata (araçá de igapó) e, finalmente, a Salix humboldtiana, que sobrevivem a vários anos de submersão permanente.

Muitas espécies da várzea estão ameaçadas de extinção devido ao rápido desenvolvimento das áreas urbanas, da construção de represas, da poluição com o mercúrio dos garimpos etc. A caça e a pesca desregulada na várzea já colocaram em risco a existência de vários vertebrados aquáticos de grande porte. A lista das espécies em extinção é encabeçada pelos botos, peixe boi, ariranha, tartaruga verdadeira, jacaretinga e outros. Entre os peixes ameaçados destacamos o pirarucu, o maior peixe de água doce do mundo.

A alta produtividade da várzea possibilitou uma povoação indígena densa à época da descoberta. As margens do grande rio abrigaram muitas aldeias com milhares de habitantes. A densidade populacional alcançava 14,6 pessoas por quilômetro quadrado. Os ribeirinhos cultivavam milho e mandioca no rico solo aluvional, coletavam arroz selvagem e usufruíam de pesca rica. Estes índios tinham uma organização de classes sociais e utilizavam trabalho de escravos.

Os rios de água preta, pelo contrário, considerados "rios de fome", foram historicamente pouco habitados. Porém, pela falta de dípteros molestadores, como mosquitos, borrachudos e mutucas, os novos colonizadores preferiam morar nas margens dos rios de água preta. Por um curto período, a capital da região foi para Barcelos, no médio rio Negro, mas mudou rapidamente para Manaus, perto da várzea rica em peixes. Ainda é preciso considerar que os solos férteis na Amazônia são os solos de várzea, justamente onde os grandes centros urbanos tendem a se localizar, junto com as suas bases de abastecimento.

Uma estação ecológica está situada por inteiro no ambiente dos igapós: é a Estação Ecológica Federal do arquipélago de Anavilhanas, no baixo rio Negro. Nas enchentes, o arquipélago de centenas de ilhas é praticamente submerso. O laboratório de pesquisa da Estação fica em casas flutuantes que acompanham também o nível das águas. Uma outra estação, Mamirauá, está situada na várzea, perto de Tefé. O grande centro de pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus, e o Museu Goeldi, em Belém, mantêm várias reservas e áreas de pesquisa nas matas de terra firme. Em Santarém encontra-se um grande centro de pesquisas piscívoras.


AMAZONAS


Mulheres guerreiras que, segundo a mitologia grega, teriam vivido no Ponto (Ásia Menor), estando os homens reduzidos a escravos. Dedicadas à caça e à guerra, amputavam o seio (daí o nome Amazonas, que em grego significa "sem seios") direito para melhor manejar o arco.

A elas é atribuída a fundação de cidades como Mitilene e Éfeso.

Nome tambem do maior rio em comprimento (cerca de 6.500 km) e o mais caudaloso do Mundo tendo na foz a vazão de 200.000 m3/s .As suas águas são visíveis no Atlântico a 200 km da foz.

Nasce nos Andes peruanos e terá 7.025 km se se considerar o Apurimac como seu ramo principal. Chega a atingir 30 km de largura na foz e é navegável até Iquito no Perú, a 3.850 km do oceano. Possui 200 afluentes.

Foi designado o rio das Amazonas, em 1542, por Orellana que, ao ser atacado por uma tribo de indios,quando descia o rio, julgou tratar-se das mulheres guerreiras.

AMAZÔNIA Região natural da América do Sul, formada pela bacia do Rio Amazonas e recoberta pe- la maior floresta equatorial do mundo: no sentido Norte-Sul mede 2000 a 2500 km,e no sentido Este-Oeste mede cerca de 3000 km. A bacia amazônica abrange uma área de 6.915.000 km2,dos quais 4.787.000 km2 no Brasil. Para além da riqueza florestal, a Amazônia apresenta vastíssimas potenciali- dades no setor,de pecuária,dos recursos mi- nerais e da energia hidroelétrica. Inestimável reserva ecológica,a Amazônia é por muitos considerada o "pulmão do mundo"

Conheça aqui um pouco da Flora - Plantas do Pantanal

Flora - Plantas do Pantanal

Conheça aqui um pouco da maravilhosa Flora do Pantanal.

A vegetação/flora do Pantanal é composta por elementos das formações vizinhas, incluindo o Cerrado, a Floresta Amazônica e o Chaco. A diversidade de ambientes e as diferentes influencias fazem com que cada região apresente características especiais o que resultou na divisão atual dos 11 pantanais (Embrapa Pantanal).

Estima-se que existam cerca de 1800 espécies de plantas fanerógamas (flores e sementes) no Pantanal, sendo pelo menos 274 espécies aquáticas refletindo a importância do ambiente inundado à diversidade de formas encontradas na planície pantaneira.

As plantas/flora do Pantanal vêm de diferentes regiões, como Chaco, Cerrado, Amazônia, Mata Atlântica, e muitas são de ampla distribuição geográfica.

A alternância de fases do ritmo estacional pode ser interrompida ou intensificada por ciclos de anos de enchente e de seca. Por exemplo, árvores crescem até em leito de rio até que a cheia retorne e discipline de novo a paisagem.

Talvez por isso o Pantanal seja relativamente resistente à invasão de plantas exóticas, com exceção de áreas muito perturbadas, onde o fator regulador “cheia” não alcança. Parece que o ambiente, por ser tão constantemente instável, selecionou espécies resistentes e oportunistas que possam responder rapidamente, ocupando espaços nesta contínua renovação.

A gigantesca área de inundação do Pantanal (pode chegar a 70% da planície) propicia o surgimento de grande quantidade de plantas aquáticas em curtos espaços de tempo. Só no rio Paraguai descem mais de 1,5 milhões de toneladas de plantas aquáticas por ano, em ilhas flutuantes, sendo apenas uma pequena parcela da enorme quantidade de biomassa de macrófitas aquáticas produzida no Pantanal.

O Pantanal foi indicado como um dos quatro centros de diversidade de macrófitas aquáticas do Brasil. Nele encontra-se a maior planta aquática do mundo, Victoria amazonica, que tem também tem a maior flor (depois da mal cheirosa Rafflesia, parasita asiática), bem como a menor planta com flor que se conhece, Wolffia, sendo que ambas às vezes crescem juntas.

As plantas aquáticas, incluindo algas, são importantíssimas nos ecossistemas aquáticos, por fornecerem a base da cadeia alimentar de ambientes aquáticos. São peça chave no ciclo de nutrientes dos ambientes aquáticos e inundáveis.

Servem de sítio de nidificação para muitas espécies da fauna, como Salvinia (orelha-de-onça) para o cafezinho (Jacana jacana), Oxycaryum (baceiro) para o jacaré (Caiman crocodilus), e Echinodorus (chapéu de couro) ou Thalia (caeté ou banana d’água) para a viuvinha (Arundinicola leucocephala).

A capacidade filtradora e despoluidora das plantas aquáticas por si só já justifica sua importância e, no Pantanal, isso é visível como a água sai barrenta do rio e retorna transparente, após passar por campos de macrófitas.

Dia Internacional da Floresta



O Dia Internacional da Floresta está relacionado ao Dia da Árvore, cuja comemoração oficial surgiu no estado americano de Nebraska, em 1872. John Stirling Morton foi o precursor do evento ao difundir o conceito de dedicar um dia do ano para a plantação de árvores. A comemoração inspirou-se no ancestral culto das árvores, praticado nas sociedades primitivas, que as associavam a inúmeras simbologias como vida, sagrado, família, evolução, comunicação, segurança e proteção. Então, se estabeleceu o Dia Florestal Mundial com o objetivo de sensibilizar as populações para a importância da floresta na preservação da vida na Terra.

Em 21 de março de 1972, princípio da primavera no Hemisfério Norte, foi comemorado o primeiro Dia Internacional da Floresta em vários países da Europa e do mundo, inclusive no Brasil.

As ações de responsabilidade ambiental no Brasil são urgentes, pois abriga florestas do porte da Floresta Amazônica e remanescentes fragmentados e ainda preservados da Mata Atlântica. Particularmente, Itapoá é detentora das últimas Florestas de Planície Costeira do sul do País e em bom estado de conservação.

As florestas prestam serviços ambientais fundamentais à vida no planeta, contribuindo para a redução do efeito estufa com a fixação de carbono. Minimizando os efeitos das alterações climáticas. Evitando à desertificação. Purificando o ar e regularizando as águas no controle das enchentes. Mais do que tudo, são uma importante reserva genética e de biodiversidade.

O Dia Internacional da Floresta adquire dimensões maiores do que uma simples data. Traz um momento para reflexão sobre esse rico patrimônio natural que pertence a todos os cidadãos.

Um tiro na mata.

Milhares de árvores assassinadas, sem piedade. Ainda ouço o canto da maldita serra elétrica a cortar suas entranhas. Um verdadeiro latrocínio contra a floresta. Um genocídio contra os habitantes da Natureza. A morte trágica de um Santuário Ecológico. (Reinaldo Laenza)


Vegetação

foto da floresta amazônica

Em nosso planeta possuímos diferentes tipos de vegetações, sendo que estas podem variar de acordo com a região em que se encontram. Fatores como altitude, latitude, pressão atmosférica, iluminação e forma de atuação das massas de ar são fundamentais para sabermos qual a espécie de vegetação que se encontram em cada parte do planeta Terra.

Em regiões de baixa latitude encontram-se as florestas equatoriais. Entre elas, a floresta amazônica, que está localizada no Brasil; há ainda outras florestas pertencentes a este tipo de região; contudo, estão situadas na parte centro-ocidental da África e também no sudeste Asiático. Este tipo de vegetação desenvolve-se em lugares quentes e úmidos e possui uma grande variedade de espécies. Suas principais características são as folhas grandes e com um tom de verde bem definido. Um outro detalhe importante, é que elas se alimentam de si mesmas, por isso, são chamadas de autofágicas.

Na faixa intertropical litorânea estão às florestas tropicais. Se compararmos este tipo de floresta com a equatorial, certamente teremos um número bem menor de variedades de espécies vegetais e também tipos de vidas que não existem em outros locais.

No centro-oeste brasileiro, em grande parte do centro da África, no litoral da Índia e no norte da Austrália estão localizadas as savanas ou cerrados. Este tipo de flora é composto por plantas rasteiras e por árvores pequenas que perdem suas folhas no período da seca, fato que impede o ressecamento do solo.

Na região de clima temperado continental (norte dos EUA, sul do Canadá, centro-sul da Rússia, norte da China, norte da Argentina e do Uruguai) encontram-se os campos ou pradarias. Esta vegetação nasce onde há pouca umidade para o crescimento de árvores, havendo somente um tapete herbáceo conhecido como gramíneas. Na Argentina temos os pampas, nos EUA e no Canadá temos as pradarias e na Rússia as estepes; contudo, apesar das diferentes denominações, a espécie é a mesma.

Até nas áreas que não existem nenhum tipo de vegetação fixa, como no caso dos desertos, surgem ervas rasteiras em alguns locais após as chuvas. Em alguns lugares, caso haja algum lençol subterrâneo com água, existe a possibilidade do surgimento de oásis com palmeiras.

Temos ainda, as florestas temperadas, que estão localizadas no Canadá, região do hemisfério Norte, nos Estados Unidos e norte da Europa. As florestas de coníferas, típicas de regiões subpolares como o norte do Canadá, da Europa e Rússia. E a tundra, vegetação que surge em solos gelados como musgos e liquens.

Floresta Amazônica


Florestas formam um biócoro com alta densidade de árvores. Segundo alguns dados, as florestas ocupam cerca de 30% da superfície terrestre. As florestas são vitais para a vida do ser humano, devido a muitos fatores principalmente de ordem climática. As florestas podem ser de formação natural ou artificial:

Uma floresta de formação natural é o habitat de muitas espécies de animais e plantas, e a sua biomassa por unidade de área é muito superior se comparado com outros biomas. Além disso, a floresta é uma fonte de riquezas para o homem: fornece madeira, resina, celulose, cortiça, frutos, bagas, é abrigo de caça, protege o solo da erosão, acumula substâncias orgânicas, favorece a piscicultura, cria postos de trabalho, fornece materiais para exportação, melhora a qualidade de vida.

As florestas plantadas são aquelas implantadas com objetivos específicos, e tanto podem ser formadas por espécies nativas como exóticas. Este é o tipo de florestas preferido para o uso em processos que se beneficiem da uniformidade da madeira produzida, como a produção de celulose ou chapas de fibra, também chamadas de placas de fibra, por exemplo. Assim como as culturas agrícolas, o cultivo de florestas passa pelo plantio, ou implantação; um período de crescimento onde são necessários tratos culturais (ou silviculturais) e um período de colheita.

A mais conhecida floresta é a floresta pluvial Amazônica, maior que alguns países. Erroneamente considerada o Pulmão do Mundo, não é, pois foi comprovado cientificamente que a floresta Amazônica consome cerca de 65% do oxigênio que produz (com a fotossíntese) com a respiração e transpiração das plantas. Atualmente aceita-se o conceito de "ar condicionado" do mundo, devido a intensa evaporação de água da bacia. A corrente de ar e a intensa atividade biológica contribuem para manter a temperatura média do planeta e retardar o efeito estufa.



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